terça-feira, 13 de dezembro de 2011

O reinvento constante

Genérico de si, o reinvento constante, a história paralela necessária...
Eleger-se-á os espaços em branco de uma folha de papel e o discurso nunca será editado.
As coisas que você possui acabam te possuindo. Fato.
Você só é realmente livre após perder tudo.
Pois aí não terá o que perder, e, enfim, encontrar-se-á livre.
-Fight club

sábado, 12 de novembro de 2011

Confusão aparente, solução reticente!

 "- Desde a conclusão do Ensino Médio não pego em um livro de biologia, mas lembro de uma informação que o professor deu: 70% do corpo humano na fase adulta é composto de água. Baseado nisso, será que dá para se afogar na gente?!"

"- Às vezes, a vontade é essa."

O âmago da questão (de alguns relacionamentos) sempre é a imaturidade, mas e daí (?)...se estão crescendo juntos. Há o medo também, e sempre sobra coragem para um dos dois dizer a última palavra de estímulo. Porém, um dia, alguém cede à covardia (talvez tenha cansado). Vai ver que essas coisas são assim mesmo, é preciso admitir aquilo que para ambos parece ser a melhor solução (...)

Ninguém quer ser lembrança de derrotas, ninguém gosta do gosto do arrependimento. E o pensamento uniformente variado é: " - você foi forte em suas convicções, e eu preciso ser em dobro para sentir a sua rejeição e agora compreendê-la(o)."

E o pensamento uniforme: " - A dor ainda é recente, mas a minha motivação, mesmo que aparente, é reticente!"
 "Mas é claro que o sol vai voltar amanhã, mais uma vez, eu sei..."(Renato Russo)

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Café com leite

"Atitudes impensadas e ausência de carinho de um lado.
Impaciência, egoísmo e ausência de iniciativa de outro.
Brigas infrutíferas. Mágoa. Desconfiança. Quase inimigos."

Persistência sensata e demonstrações constantes de um lado.
Determinação, zelo e sensibilidade de outro.
Resistência. Crescimento. Evolução. Maturidade... em qualquer parede, você pode abrir uma porta!

Os amigos vivem de reconciliações, pois é aí que mora o valor da amizade.

"E quando eu penso em você
Choro café e você chora leite."

A combinação perfeita!

domingo, 9 de outubro de 2011

Quando eu era menino

    "Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido. Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor." (1 Coríntios 13:11-13)
    Quando eu era criança, agia e pensava como criança e agora que me tornei adulto, deixei o que era belo e próprio de uma criança...a pureza e a inocência.
    Quando se chega à maturação bate-se no peito alegando maturidade pro vento, afirmando: se eu tivesse a cabeça que tenho hoje, não teria feito isso ou aquilo, desta ou daquela maneira. Na verdade, todos ficam mais temerosos, trocando em miúdos: mais 'experientes', não se envolvem com tanta facilidade, por exemplo. Algumas pessoas, devido uma ou outra frustração, param no tempo, outras desistem de tentar.
    Deixaram de acreditar naquilo que é essencial, mas invisível aos olhos do homem.

domingo, 25 de setembro de 2011

Escolhas


Todos vivemos dias incríveis que não passam de ilusão...
Todos vivemos dias difíceis, mas nada disso é em vão.
Sonhar é preciso, amar é necessário, viver é um ofício
Sofrer é uma consequência, evoluir é opção!

Somos todos frutos do agora.
Hoje já não tem a relevância de amanhã.

domingo, 28 de agosto de 2011

Tente outra vez

O receio inerte como principal alternativa e justificativa para a fuga, e
O orgulho como principal vilão...
Entre tantos medos,
Entretanto a dúvida.
A possibilidade de casos fortuitos darem certo é limitada!
Porém, quem limita?
- O senhor do tempo?!
- O acaso?!
Saiamos da inércia!
Não será ninguém quem vai determinar, senão o 'eu-lírico' da própria estória.
Não se contente em ser mero coadjuvante,
Faça parte da própria dramaturgia.
O medo de errar não te impede de fracassar, mas adia a conquista.
Não se trata de zelo, mas de atitudes pensadas e erros sensatos,
Esta que é a evolução do homem...aprender a errar!


sábado, 20 de agosto de 2011

Legítima covardia


Fui covarde nas minhas decisões e agora sofro as consequências da minha negligência, menoscabo, desleixo, indolência...Causei mágoa a um coração tão inocente e puro quanto aquele olhar que me cativara e me conquistava com uma eloquência fácil.

Pus à prova e quem não resistiu fui eu. Machuquei, mas quem chorou, fui eu.
Dei um tiro nos seus sentimentos e meu arrependimento não fora eficaz.

 Hoje sinto aquilo que sentiu. A manobra de ressurreição será feita sem anestesia, o que  potencializa a dor e o risco, no entanto é passível de cura. Cura essa tão descrente quanto minha esperança que morre um pouco a cada novo dia, pois nada sai da memória, aquelas palavras (palavras:pro-ferem). É uma dor insípida que dói no peito.

sábado, 23 de julho de 2011

Rock V


Aquele implacável e leal em suas convicções utópicas, jamais se limita diante das contestações prováveis e por que não inevitáveis.
O personagem é Rock Balboa, pega na cara, mas não se entrega, fica ferido, mas é maquiagem, parece fantoche, nada é de verdade, é tudo fantasia.

Os ferimentos visíveis são superficiais, não se iluda pobre adversário, seus golpes são como palavras ao vento, o conveniente impera.

Por que discutir o filme, você já sabe que Balboa vai ganhar a luta, sabe que não é páreo.

A melhor arma do adversário não é um jab, gancho direto ou cruzado de canhota, mas uma frase infeliz que se volta contra si com proporções avassaladoras de um tsunami. Assim, é nocauteado, vai à lona, ainda há forças, mas por que resistir, o final do filme todos conhecem... sete...oito...nove...dez! Soa o sino!

terça-feira, 12 de julho de 2011

Frases infelizes


 A infelicidade das frases é reciprocamente considerada quando não se sabe ouvir.
A imposição monarca impera diante da ingerência das palavras, peca-se por não falar, peca-se por falar, mas isso pouco importa, a monarquia não sabe ouvir, a opinião insignificante de um vassalo pouco importa frente a magnitude de um imperador. Sim, pois ainda que não se admita, tendo em vista que apenas o conveniente é admitido, comporta-se como tal.
Seu vassalo não passa de um Bobo da Corte, que é convocado para satisfazer os caprichos de sua realeza.
Um Bobo da Corte não tem voz, aliás, apenas a tem para dizer o que Vossa Alteza quer ouvir. Ainda que o Coringa tente se fazer valer da proximidade da Alteza, de plano, suas opiniões são descartadas, como cartas de baralho, sua opinião não importa, porque não é nobre, - ponha-se no devido lugar.
As frases, ainda que aparentemente sem nexo, encaixam-se perfeitamente na consciência de quem fala o que quer, mas não dá oportunidade para ouvir, aponta as infelicidades das expressões alheias, mas não percebe as suas. Não se trata de sintaxe, semântica, muito menos da falta ou não de um adjunto adnominal, objeto indireto ou direto a fim de complementar a oração(infeliz), mas de oportunidade de dar voz a quem não tem! Saber ouvir!

Quero ter alguém com quem conversar, alguém que depois não use o que disse contra mim...”(Renato Russo)

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Espelho de Narciso

"Fiz um barco a vela e decidi nadar,
Quis janela e preferi fechar.
Vem me leva até perto de casa
Que a casa é mais perto que o fim,
Me leva pra longe de casa
Que o acaso é mais certo que o Sim.
...E é preciso precisão
O espelho de narciso é impreciso.
Quem se vê, é o que se quer."



- No pequeno universo singular, Narciso vê o que quer, quase um inferno pessoal. Neste exercício de auto descoberta busca-se incessantemente o Eu-lírico, a terceira margem do rio, uma navegação de exclusão e conhecimento, em busca da transcendência maior; a própria motivação de ser...Há quem queira ser, quem já é e quem ainda será. Ser crível, ser visível, apenas ser!
Tudo aquilo que é passível de fazer sentido, para Narciso é uma terrível limitação, o que ele deseja é uma verdade inventada...
Narciso brinca de ser importante. Narciso não sabe o que é real, é uma criança, não tem liberdade e se perde em meio suas nuanças. Narciso acha feio o que não é espelho.No fundo, Narciso é só vaidade, mas trocaria tudo por um pouco de realidade.
- Narciso, quebra esse vidro!

domingo, 12 de junho de 2011

Erga omnes

A garota dos meus sonhos é pura e inocente com pitadas de malícia.
É bonita e não precisa de publicidade.
O olhar dela é de uma eloquência surreal.
O sorriso é tímido, como o de uma criança envergonhada.
Seu corpo parece frágil, mas se encaixa perfeitamente no meu, então, eu a protejo.
Suas mãos são suaves, porém firmes para me segurar quando necessário.
O brilho que ela traz consigo se confunde com o do luar.
Seus cabelos são o maior orgulho; lindos, lisos, sedosos.
A pele é macia.
Ela é engraçada e o humor é variante.
É inteligente e gentil.
É parceira, sabe ouvir, sabe falar.

Ela é sensível e se esforça para ser forte.
A garota dos meus sonhos é apenas uma idealização.
A garota que tenho é tudo isso e é real.

domingo, 5 de junho de 2011

Pensamento reticente



A pureza era reluzente feito luz do sol ao meio-dia. Mas aquilo que saltava aos olhos agora é ferida e ficará guardado na memória e sempre que lembrada, chorarei a dor insossa que, reciprocamente, te causei.

 As argumentações paralelas surgirão, o que só farão com que a mágoa seja alimentada. Porém o jejum faz sangrar, eximindo toda razão já perdida que pseudamente nunca, efetivamente, existiu...

 Não importa onde estamos, numa mesa de bar ou no divã do analista, nossa mente nunca para e nossos medos e desejos nunca nos abandonam. 
Nem Freud explica, caro Zé Ramalho...Toda culpa parece resposta!
(...)
"De tanto eu te falar, você subverteu
o que era um sentimento e assim fez dele razão...
pra se perder no abismo que é pensar e sentir
"

domingo, 29 de maio de 2011

Ambição temporal

A pintura, a escultura, a moldura te servem como lápide para a estrutura de qualquer arte. A máscara, a maquiagem escondem o que não pode ser. A perspectiva frustrada é um natimorto.
Eis o diagnóstico severo dos olhos ávidos alheios.
O raciocínio livre, puro e espontâneo, já não é tão livre, puro e espontâneo. Agimos, intuitivamente, (às vezes) até de modo maquiavélico.
A pressão limita o espaço e o tempo, assim, precipitadamente, deixamos de lado o infinitivo austero por um gerundismo já tão conveniente quanto o comodismo parasitário.
Assim é a discrepância do respaldo temporal.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Medo de que?

De acordo com o dicionário "Houaiss", medo significa uma perturbação psicológica diante de ameaça ou perigo, real ou imaginário.
Turbação essa, que se confunde com um sentimento de ultraje, temor à humilhação, opróbrio, sentimento penoso de insegurança e timidez.
Logo, questiono: por quê? Por que sinto isso, qual o porquê dessa sensação tão inefável?
Suspeito. O novo impressiona, apavora, assusta, surpreende... Quem se atreve a desafiá-lo? Já fui mais corajoso, racional, sentimental; hodiernamente, vivo o meu momento mais medroso (covarde), não o cômodo; são coisas distintas e não se confundem. Este se trata de um estado de espírito, aquele de um adjetivo próprio para quem perdeu, ainda que momentaneamente, o sentido de seguir em frente.
Sejamos todos empreendedores dos próprios sonhos. Como? Primeiramente, acreditemos neles!

sábado, 16 de abril de 2011

Silêncio eloquente


Nunca fui muito fã do silêncio,
Há pouco fui vencido pela eloquência dele,
Não quis resistir.
Acho até que joguei a toalha antes mesmo que percebessem que já estava vencido.
Essa conduta postergativa não é a solução.
Constantemente, deposita-se mais responsabilidade nos outros que em si mesmo
Quase sempre assim o é
Um pretexto para o fim já previsto várias vezes,
Uma desculpa amargurada.
Faz-se questão de tratá-lo como um receio insólito.
Algo não habitual pode ser ser aceito eufemisticamente
Já que desconhecendo as curvas, não se sabe aonde ir ou chegar.
A dúvida gera um descompasso desagradável a ponto de inibir a postura centrada correta.
Apenas a sensação desconfortável da incerteza te acompanha
Mera representação subversiva daquilo que deveria ser e não é.
O impacto é objetivo,
A razão despretensiosa
E o sentido da coisa é insípido.
Aprendamos a admirar o silêncio...
É no silêncio que as melhores ideias surgem e acontecem.
Dar vida às palavras, às vezes, pode estragar tudo.

domingo, 20 de março de 2011

Lembranças mal resolvidas

Tortura expressa por um silêncio extremamente eloquente.
As soluções são aparentes, porém não pertinentes.
O pânico sucumbiu a razão...metaforizado pelo medo inerte.
Percepções abstratas norteiam aquilo que aparentava ser oculto. Entretanto, agora, está mais claro que a aurora boreal.
Não obstante, como proceder se tudo se apresenta como sofismo?
A imensidão do raciocínio lógico se perde diante da insignificância da dúvida banal.
Fujo dos sofistas, mas vendo uma máscara que não uso!

segunda-feira, 7 de março de 2011

Sabedoria da água

Quem nunca ouvira aquela estória que diz: a água não confronta os obstáculos, mas os contorna?! Este segredo é meu maior desafio, talvez de todos ou de grande maioria das pessoas que já caíram um dia.

Penso, reflito, porém não concluo. Nada a oferecer senão o silêncio: ora sapiente ora ignorante.
A morbidez já tomou conta daquilo que agora é inútil. Toda sensatez, todo equilíbrio e cautela parecem ter pólos idênticos ao meu estado monótono atual; tudo é repelido para longe de mim.

Quem um dia se sentiu assim, deve ter cogitado a ideia de que 'a solidão é o maior castigo', e não se trata de um mal necessário!

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Direitos difusos


Uma observação faz-se oportuna: observe!
Brincar com nuvens, modificar suas formas, imaginar, ir além. Deixe o vento te levar, o sol iluminar... vale a pena sonhar, assim são as nuvens: reais, mas intocáveis.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Sim, existe

Os Traços diferentes,
Os cabelos longos,
A eloquência do olhar,
A face misteriosa,
Seu pressentimento vago,
Sua paixão por pessoas,
O medo de cachorros,
Sua magnífica determinação,
A incrível capacidade de ver além dos olhos (meus),
O anseio em arriscar...
Detalhes que, com certeza, não fazem dela perfeita, mas real e especial para mim!

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

As escolhas


As escolhas que fazemos...
O que fazem as escolhas?
A opção definirá o que não mais será!
A oportunidade de mudar renova a esperança.
A covardia alimenta o comodismo e o ceticismo.
As várias farcetas do medo, agora parecem singular.
A única função é inibitória.
A falta de ousadia furta o inesperado inominado.
"E o que te sobra além das coisas casuais?"
...Lamento, silêncio, esperança!
E sonhar como o futuro do pretérito.
Com o que poderia ser, acontecer, enfim, as suposições são várias e a verdade é uma só: o medo que nos impede de ir mais além é o mesmo que nos mantém vivos, porém com a covardia latente nos olhos e com o pensamento reticente daquilo que não ocorreu.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Labirinto pessoal

Minha mente é um labirinto e embora seja meu, tenho o aparente desejo de estar perdido, e quem quer que se atreva a envolver-se, estará fadado a perder-se também.

Consciência? Tenho sim, porém como um alucinógeno, não consigo me desvencilhar dos insucessos de envolver outras pessoas. Não faço por querer, embora tenha sapiência o suficiente para discernir o que é correto; sou uma antítese ambulante, tenho o costume de envolver-me e perder o passo depois que já não tenho saída... Envolvo-me demais, envolvo a outrem, e, se não por mim, pelo terceiro que me impede de tomar a decisão mais sensata. Contudo, já não tenho o conhecimento desta sensatez, não sei o que fazer, já não sei o que é correto...de novo.

Estou outra vez embriagado e parece-me desta vez que perdi algo além dos sentidos. Preciso de um copo com água, que é inodora, insípida e incolor, algo próximo da neutralidade que faça da minha embriaguês, uma ressaca de arrependimentos concretos, que me faça refletir, que saiba ou possa me podar, de modo tal que eu não possa, pura e simplesmente, espalhar galhos para qualquer direção, no entanto discipline meu crescimento.Preciso de um jardineiro, de um espelho, de um reflexo do que me tornei....Confusão, transitoriedade, inconstância...

Sempre precisei de um pouco de atenção, acho que não sei quem sou, só sei do que não gosto. Nesses dias tão estranhos, fica a poeira se escondendo pelos cantos (...) A primeira vez é sempre a última chance...

domingo, 2 de janeiro de 2011

O segredo do labirinto


O tempo é o mágico de todas as traições, todas as dores, o que tudo cura, cicatriza. Julgado, muitas vezes, de insensato, não se limita a apagar mágoas, mas também a ensinar.

Com o tempo aprende-se que há um tempo para tudo: para plantar, assim como há para colher. Aprende-se que em uma relação em que está sem norte com num labirinto, é necessário perder-se e não mais marcar o caminho, só assim compreenderemos que o segredo do labirinto não é encontrar a saída, mas os caminhos que não levam a lugar algum.

Em busca do respaldo temporal!