Minha mente é um labirinto e embora seja meu, tenho o aparente desejo de estar perdido, e quem quer que se atreva a envolver-se, estará fadado a perder-se também.
Consciência? Tenho sim, porém como um alucinógeno, não consigo me desvencilhar dos insucessos de envolver outras pessoas. Não faço por querer, embora tenha sapiência o suficiente para discernir o que é correto; sou uma antítese ambulante, tenho o costume de envolver-me e perder o passo depois que já não tenho saída... Envolvo-me demais, envolvo a outrem, e, se não por mim, pelo terceiro que me impede de tomar a decisão mais sensata. Contudo, já não tenho o conhecimento desta sensatez, não sei o que fazer, já não sei o que é correto...de novo.
Estou outra vez embriagado e parece-me desta vez que perdi algo além dos sentidos. Preciso de um copo com água, que é inodora, insípida e incolor, algo próximo da neutralidade que faça da minha embriaguês, uma ressaca de arrependimentos concretos, que me faça refletir, que saiba ou possa me podar, de modo tal que eu não possa, pura e simplesmente, espalhar galhos para qualquer direção, no entanto discipline meu crescimento.Preciso de um jardineiro, de um espelho, de um reflexo do que me tornei....Confusão, transitoriedade, inconstância...
“Sempre precisei de um pouco de atenção, acho que não sei quem sou, só sei do que não gosto. Nesses dias tão estranhos, fica a poeira se escondendo pelos cantos (...) A primeira vez é sempre a última chance...”