sábado, 23 de julho de 2011

Rock V


Aquele implacável e leal em suas convicções utópicas, jamais se limita diante das contestações prováveis e por que não inevitáveis.
O personagem é Rock Balboa, pega na cara, mas não se entrega, fica ferido, mas é maquiagem, parece fantoche, nada é de verdade, é tudo fantasia.

Os ferimentos visíveis são superficiais, não se iluda pobre adversário, seus golpes são como palavras ao vento, o conveniente impera.

Por que discutir o filme, você já sabe que Balboa vai ganhar a luta, sabe que não é páreo.

A melhor arma do adversário não é um jab, gancho direto ou cruzado de canhota, mas uma frase infeliz que se volta contra si com proporções avassaladoras de um tsunami. Assim, é nocauteado, vai à lona, ainda há forças, mas por que resistir, o final do filme todos conhecem... sete...oito...nove...dez! Soa o sino!

terça-feira, 12 de julho de 2011

Frases infelizes


 A infelicidade das frases é reciprocamente considerada quando não se sabe ouvir.
A imposição monarca impera diante da ingerência das palavras, peca-se por não falar, peca-se por falar, mas isso pouco importa, a monarquia não sabe ouvir, a opinião insignificante de um vassalo pouco importa frente a magnitude de um imperador. Sim, pois ainda que não se admita, tendo em vista que apenas o conveniente é admitido, comporta-se como tal.
Seu vassalo não passa de um Bobo da Corte, que é convocado para satisfazer os caprichos de sua realeza.
Um Bobo da Corte não tem voz, aliás, apenas a tem para dizer o que Vossa Alteza quer ouvir. Ainda que o Coringa tente se fazer valer da proximidade da Alteza, de plano, suas opiniões são descartadas, como cartas de baralho, sua opinião não importa, porque não é nobre, - ponha-se no devido lugar.
As frases, ainda que aparentemente sem nexo, encaixam-se perfeitamente na consciência de quem fala o que quer, mas não dá oportunidade para ouvir, aponta as infelicidades das expressões alheias, mas não percebe as suas. Não se trata de sintaxe, semântica, muito menos da falta ou não de um adjunto adnominal, objeto indireto ou direto a fim de complementar a oração(infeliz), mas de oportunidade de dar voz a quem não tem! Saber ouvir!

Quero ter alguém com quem conversar, alguém que depois não use o que disse contra mim...”(Renato Russo)